Acreditar em algo e não o viver é desonesto, disse Mahatma Gandhi. Sempre acreditei em um mundo melhor, mas não vivia isso. Ou vivia em partes.
Sempre gostei de ajudar os outros, mas de um jeito tímido, sem muitos resultados. Ajudava, por exemplo, comprando um amendoim da tia e ao invés de pagar os R$ 2,00 que ela pedia, eu pagava R$ 10,00 e pedia que ela ficasse com o troco. Ou participei de algum mutirão pra ajudar a arrecadar mantimentos num inverno. Ou ajudei a conseguir material para a construção de um banheiro na casa de alguém que não possuía esse saneamento em casa. Mas faltava algo...
Foi quando encontrei a página da ChildFund - Brasil (http://www.childfundbrasil.org.br/). A ChildFund é uma organização mundial de desenvolvimento social que realiza programas e projetos sociais mobilizando pessoas (como eu e você) para a transformação de vidas. No Brasil há 45 anos, por meio dos projetos sociais, a instituição beneficia cerca de 220 mil pessoas, 143 mil delas crianças, em 862 comunidades urbanas e rurais espalhadas pelo país.
E como funciona? Você apadrinha uma das crianças que a instituição beneficia. Sendo padrinho, você contribui com uma quantia por mês e essa é quase sua única obrigação. É que além da contribuição você tem o dever de incentivar mais pessoas a serem padrinhos e madrinhas, por isso estou aqui. Mas não há contrato legal, podendo encerrar a contribuição a qualquer momento. Se quiser fazer mais, como doar presentes, visitar a criança e sua família, trocar correspondências, você tem total liberdade pra fazê-lo. Aliás, é esse "a mais" que cria um laço entre padrinho e criança e, particularmente, é o que dá uma sensação de realização pessoal indescritível. É a diferença que você tanto sente necessidade de fazer na vida de alguém.
Mas o mais importante, na minha opinião, é que esse dinheiro não é simplesmente uma mesada enviada à família da criança. Apadrinhando uma criança, sua contribuição, somada às dos outros padrinhos, é revertida em programas e projetos sociais nas áreas de educação, saúde, segurança alimentar e nutricional e desenvolvimento comunitário e econômico e conscientização sócio-ambiental, beneficiando seu afilhado, sua família e a comunidade onde vive.
Essa é a Joice Emile, a minha afilhada. Ela mora em Cariri-Mirim, que fica a 600 km de Recife, no interior do Pernambuco, tem 7 anos de idade e gosta de estudar, principalmente matemática. Fico imaginando que eu possa ser um diferencial na vida dela. Um incentivo que a faça sair da zona rural do PE e a leve até uma faculdade para cursar alguma faculdade de engenharia ou similar. Quem sabe quantas crianças não precisam apenas de um estímulo como esse para mudar as condições nas quais vivem. Condições essas que foram herdadas de seus pais, que também não tiveram as chances que nós tivemos.
Se você também deseja tentar fazer algo especificamente por alguém, recomendo apadrinhar uma criança. Que tal? É extremamente gratificante!
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